DECLARAÇÃO OPORTUNA


Aos meus correligionários em particular
e ao público em geral.


[Coluna 1]

Correu, em avulsos, há pouco
tempo, uma “Carta aberta†do far-
macêutico Sr. Eulálio Mota, dirigi-
da a um amigo protestante. So-
mos nós o amigo em apreço. Tro-
cavamos idéias em cartas particu-
lares sobre livros e assuntos reli-
giosos, quando fui surpreendido pela
revelação de uma correspondência
privada ao público desconhecedor
dos seus prodramos. Fiel ao nosso
propósito de não trazer assuntos
de correspondências {†} ao conhe-
cimento gera, pena que leitores
desavisados não interpretassem os
assuntos contraditóricos como desa-
venças e amarguras pessoais entre
os amigos correspondentes, respon-
demos particularmente o “Carta
abertaâ€, dando as razões de nosso
provocador. Ainda não passado o
pasmo da nossa surpresa pela que-
bra de ética sobre um assunto, por
bons motivos particular, anuncia-
se especialmente num incontrola-
do p{†} de falar, numa ância
caloura de publicidade, uma se-
gunda “Carta abertaâ€.
Pelos seguintes motivos não lhe
daremos atenção:
PRIMEIRO – Faltam luzes e va-
lor intelectual a um Farmacêutico
para versar, conforme a metodolo-
gia cientifica, assuntos relaciona-
dos com Teologia, História Eclesias-
tica, Hermenêutica, Filosofia e Lógica.
SEGUNDO – É inútil o valor de
uma polêmica, especialmente na
presente hora, máxima quando
conhecidas as especialidades diver-
sas dos {†} em campos
tão opostos de ação profissional.
Dois químicos ou farmacêuticos dis-
cutiriam reativos ou prelos de dro-
gas, dois eclesiásticos com cursos
regulares, Religião.
TERCEIRO – A correspondência
calorada originou-se do livro “Co-
chilos de um sonhador†da lavra
de meu outro colega Rev. Basílio
Castro, moço com seu bom curso
teológico e senhor de conhecimen-
tos seguros na sua especialidade.
O prof. Basílio Castro desdenhou
a “Carta aberta†sobre o seu livro,
mesmo por que um livro não se
responde com um avulso e por que
outra controvérsia contra um pedro
e um ministro do Evangélho re-
conhecidos com seus cursos regu-
lares e fé de ofício, é crucial que
não deva intervir um farmacêutico
para dentro do pedro e {†} mês-
mo do ministro. É de esperar que
o Prof. Basílio Castro esteja agora
dando um apostolar mas bem apa-
relhado e não precisa de minha
humilde pena para defender seu
ensejado e não refutado livrinho.
QUARTO – O farmacêutico Eu-
lálio Mota pertenceu ao partido
totalitário do Brasil, hoje multilado
pela concórdia nacional, ao qual
dava todo o maior de seu pagn-
cidade de jovem inflamado pelo
ideal. Cerrado esse palco de ativi-
dade doutrinaria, recalcou-se re-
voltado no seu intimo inconti-
damente o sentimento {†}
{†} no desejo {†}
de combater qualquer sistema. Pelo
conhecido processo patológico da
“compensaçãoâ€, escolheu a {†}
e in{†} falange cristã sustentada
pelo maior movimento histórico da
{†}cipação das consciências,o
Protestantismo para alvo de seus
ataques ferozes. “Art pagnat, out
non vivitâ€
QUINTO – Finalmente o senti-
mento de grartidão para com a fa-
milia de Eulálio Mota, especial-


[Coluna 2]


mente para com o seu veteran-
do pai, de saudosa memória, meu
padrinho de batismo romano e pro-
tetor, para quem, guardo n´alma
um sentimento de devoção e re-
conhecimetno filiais. Impede me de
aparecer em público, afim de evi-
tar falsas interpretações, como anta-
gonista de um moço cuja ami-
zade prezo e desejo cutivar, não
só como um bem precisos para a
minha vida, mais muito mais, como
uma tradição querida, digna de
ser conservada.

Eudaldo Silva Lima
Da Faculdade Teológica do I.
C. F. do Brasil em S. Paulo


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