NATAL


Eis que o Verbo de Deus se fez carne!
Eis que nasce em Belém o Menino!
Aleluia! Que Deus se fez Homem
Para que o homem se faça divino!


Descem anjos cantando aos pastores,
Pelos campos, em tôrno à cidade:
− Glória a Deus nas alturas! Na terra,
Paz aos homens de boa vontade!


Rasga o vento cortinas de nuvens!
E uma estrela, no azul, de repente.
Se faz seta de luz sobre o berço
Aos olhares dos Reis do Oriente!


Sôbre o berço tão chão, manjedoura,
Se debruçam Maria e José...
E os Reis Magos se curvam! Adoram!
Que grandeza e beleza de Fé!


Passam tempos... Os homens esquecem...
Voltam trevas... Despreza-se a Luz...
E de angùstias inunda-se a terra
Pela ausência de Paz e de Jesus!


Vamos todos voltar a Belém,
Onde é certo – tão certo! – se acha
Esta paz que buscamos no mundo
E que o mundo não pode nos dar!


M. Novo, 949

EULALIO MOTTA
A folha mede 160 x 233 mm, o papel é de baixa gramatura e alta lisura e seu estado de conservação é bom, não apresentando danos aparentes. Há somente um sinal de dobradura no meio da folha e a borda superior direita encontra-se levemente amassada. O texto foi impresso em prensa de tipos móveis, o layout encontra-se bem estruturado e equilibrado, com utilização de bordas ornadas, em torno da mancha escrita. No acervo do escritor encontra-se apenas um exemplar desse panfleto.