O Pasquineiro da Ro�a: Edi��oo dos panfletos de Eul�lio Motta

Convenceu-se, afinal, o povo desta terra de que tinha mesmo na direção do
Município um verdadeiro demagogo, que se elegeu à base de corrupção, numa cam-
panha realmente subversiva, com promessas irrealizáveis, entre as quais a de divi-
são de terras com os camponêses.
Para tanto, contou com os milhões de José Porfírio de Souza – seu candidato
à deputado estadual, que lhe financiou ostensivamente a propaganda e o pleito-
sendo, ademais, favorecido pela situação anárquica então reinante no País.
Refugiando-se, por velhacaria, na “ARENA”, de cuja comissão municipal
chefia um terço, obteve uma sub-legenda para enganar, mais uma vêz, a REVO-
LUÇÃO e o povo, nada, porém, conseguindo, senão uma fragorosa derrota – prova
eloqüente da incontida repulsa aos meios de que usou e abusou para tapar os cor-
religionários e perseguir os adversários políticos, de cuja maioria se fês inimigo pés-
soal, divorciando-se, assim, da sociedade que ela realmente consititui.
Caiu de pôdre, como o diz a sabedoria popular, para o que também concor-
réu mais um dos seus atos de desonestidade, desta vêz poucos dias antes do pleito,
ocultando um caminhão de mercadorias da ALIANÇA para o PROGRESSO, que
lhe foi tomado por uma comissão de senhoras do SETOR REGIONAL, com sede
em Rui Barbosa, em conseqüência de uma denúncia da Delegada Escolar – profes-
sôra Avani Leão.
Com extraordinário entusiasmo, comemoram os mundonôvenses, pulando e
dançando pelas ruas, num verdadeiro carnaval, a sua esplêndida vitória, antegozando,
assim, a fase de tranqüilidade e de progresso que terá início a 15 de Março do pró-
ximo ano, com um jovem fazendeiro honrado, porque honesto e trabalhador, à frente
dos seus destinos.
Assim há de sempre acontecer a quem, enganando e mentindo, promete o
que não pode dar, semeando depois ódio e discórdia.
Dêste triunfo, por todos os títulos memorável, - justo é salientar – muito se
deve ao grande Deputado Honorato Viana, que, de corpo e alma, se empenhou co-
nôsco na batalha, tornando-se, assim, credor da nossa gratidão e das nossas home-
nagens.


Mundo Nôvo está de parabéns.
Mundo Nôvo, Dezembro de 1966
Deocleciano Meireles