PRIMAVERA... (1)




Não soube viver a história
do romance que viví...
Não propuz que me esperasse...
acabei perdendo Edy!

Disse adeus e fui-me embora
e não lhe disse mais nada!
Esperou dias compridos...
acabou decepcionada!

Já tive oportunidade
de numa trova dizer:
das dôres de minha vida
a maior foi te perder...

Passei hoje em tua rua
e parei em tua porta...
A casa estava fechada.
Parecia que estava morta.

Pareceu tambem um túmulo...
Túmulo... aconteceu...
Pra sepultar o cadáver
do nosso amor que morreu!

Tu eras quase menina...
E quase menino eu era...
Quem dera ver nosso outono
revivendo a primavera!



Salvador, setembro de 1987

EULÁLIO MOTTA

Do livro “Meu caderno de trovas,” a sair
(1)
“Suas trovas são antológicas...” - Braulio Franco.
Serrinha
“Você é o maior trovador que já conheci.” – Eudaldo Silva Lima
Brasília
“Não seja modesto, sua é da melhor qualidade.
Desejo muito sucesso para seu belo livro. – Jorge Amado.
Bahia.
A folha mede 132 milímetros de largura por 218 milímetros de altura. O papel é de gramatura e lisura medianas, e se encontra pouco amarelado. O texto foi impresso em prensa de tipos móveis. O layout é simples sem muitas variações de tamanho e tipo de fonte. A mancha escrita está envolvida numa moldura. Consta de seis quadras, com recuo alternado entre as estrofes. Foram preservados setenta exemplares desse panfleto.