O Pasquineiro da Ro�a: Edi��oo dos panfletos de Eul�lio Motta

[Coluna 1]

[Foto: a sede da prefeitura]
Considerando que o inquérito que
acusa sua administração de invadir
imóveis do Estado, não tem procedência,
Raimundo Souza Costa, prefeito de
Mundo Novo, acrescentou que é uma
iniciativa do ex-prefeito para conturbar
os trabalhos administrativos. Disse tam-
bém, que, “o povo está esclarecido e
tem repudiado a atitude de políticos
inconformados com a vontade popular
escolheu um prefeito de oposição para
governar o município”.
“Considerando que o imóvel é
sede da Prefeitura, de fato e de direito,
não havendo nenhum ato oficial que jus-
tificasse sua mudança para a Concha
Acústica”. Declarou Raimundo que reco-
nheceu a impossibilidade de adminis-
trar num local construido para o lazer
público, apropriando-se a instalação de
biblioteca e grupos de artes. A ocupação
da sede da Prefeitura, fechada arbitra-

[Coluna 2]

riamente pelo seu antecessor vinha
funcionando repartições como a Meren-
da Escolar, Posto de Identificação,
Incra e representação do Ministério do
Trabalho, mantidos em convênio com o
município.
DECRETO DE DESAPROPRIAÇÃO
Em 23 de março o prefeito publi-
cou no Diário Oficial do Estado, o De-
creto de desapropriação da área que fica
ao lado da Prefeitura, cuja escritura
dá o imóvel como propriedade do anti-
go Ginásio de Mundo Novo. Este decreto
foi interpretado pelos adversários como
uma desapropriação do prédio da Prefei-
tura o que não é verdade, pois aquele
imóvel onde funcionou o ginásio
pertence ao município, tendo sido
construido pelo Interventor Raul Vitória
em 32.
PDS INSTAUROU INQUÉRITO
O presidente do PDS no municí-
pio, Valdemar Santos Pereira não negou
ter seu partido dado entrada de inquéri-
to na polícia contra a Administração do
PMDB, informando ter sido um pedido
seu e não do ex-prefeito Ederval Nery.
“Antes telegrafei ao Governador João
Durval à Secretaria de Educação e ao
Deputado Luis Eduardo, tendo garanti-
do que não há pretensão de prejudicar a
ação do prefeito do PMDB”. Contou que
no dia das providências, foi ao Delegado
Regional em Ipirá, pois o delegado local,
Edvaldo Nery Buião, considerou não

[Coluna 3]

[Foto: Prefeito Raimundo Costa: temos direito a paz.]
poder tratar do caso, tendo ido a Itabe-
raba conversar com Cel. Uzeda, enquan-
to outro grupo pedessista seguiu com
Ederval Nery para a capital.
A presença de um contigente de
15 soldados do 11º Batalhão de Itabe-
raba comandados pelo aspirante Ricardo
Alves Guimarães, causou surpresas e
sustos na população mundonovense, mas
nenhum incidente aconteceu e, como
nada justificasse a presença da PM, hoje
só se encontram na delegacia apenas 4
policiais.
Indicado delegado especial para
proceder as investigações, Dr. Luis Fer-
nandes Seixas Torres, do Depim, escla-
receu à nossa equipe: “Estamos reali-
zando as investigações para verificar se
houve delito penal quanto ao uso do pré-

[Coluna 4]

dio da Prefeitura”. Contou que foram
ouvidas mais de 15 pessoas, inclusive
de fora do município e depois encami-
nhará a “juntada de documentos” ao
Ministério Público para as decisões finais.
até o momento nada tem de definido.
POPULAÇÃO CONDENA ATOS
CONTRA O PREFEITO
A reconquista da Prefeitura foi uma
atitude justa pois o povo que assim
quis – declarou o presidente do PMDB,
Renato Vitória – inclusive o ato de
posse aconteceu nas suas dependências”.
Antonio Alves Neris, morador do
Bairro Sapé,, disse: “Esse inquérito é
uma grande ingratidão do ex-prefeito,
porque se o candidato vencedor fosse o
dele a prefeitura continuaria no mesmo
lugar”.
A doméstica Angelina Cerqueira
Bastos moradora da faz. Cajueiro,
mostrou-se indignada: “Quem é prefei-
to tem direito à prefeitura. Quem perdeu
não manda mais”.
[Foto: O pelotão da PM]
Araribóia Ernesto da Silva, comer-
ciante na sede confessou sua surpresa,
considerando: “Mundo Novo é uma fa-
mília e durante minha vida nunca vi
atos como os praticados pelos políticos
do PDS que perdeu as eleições e entrou
em atrito com o próprio povo”.

A folha mede 215 milímetros de largura por 310 milímetros de altura. O papel é de gramatura e lisura medianas, e se encontra amarelado. O texto foi impresso em mimeógrafo a partir de datilografia em folha estêncil azul. O datilógrafo manteve o texto simetricamente justificado, há correções por sobreposição em diversas palavras (por conta da tinta do estêncil, não foi possível identificar as letras sobrepostas). Ocorreu uma falha de impressão no final do texto, dificultando a leitura de algumas palavras.
O autor assinou diretamente no texto. Foi preservado apenas um exemplar desse panfleto. Trata-se, portanto, de testemunho únicoTrata-se, portanto, de testemunho único.
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